A capital do Abruzzo, L'Aquila, poderá ser reconstruída em sete ou oito anos, desde que se trabalhe sem parar, afirma o chefe da Defesa Civil da Itália, Guido Bertolaso.
Com a premissa de que o esforço inicial se concentrou "na construção de habitações para acomodar todos dignamente", Bertolaso também destacou que "para que a reconstrução seja bem feita, deve haver um grande comprometimento, uma grande capacidade de programação e planejamento, além de trabalhar incansavelmente, sem parar".
Quanto ao dinheiro, "é importante gastá-lo bem e com transparência".
POLÍTICOS CUMPRIMENTAM PREFEITO LOCAL -
Autoridades políticas italianas enviaram condolências às famílias das vítimas do terremoto de 5,8 graus na escala Richter que atingiu a região de Abruzzo, no centro do país, há exatamente um ano.
"Por ocasião do primeiro aniversário do trágico evento sísmico que atingiu o Abruzzo, desejo expessar minha proximidade às famílias das pessoas que perderam a vida", disse o presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Gianfranco Fini.
Em uma mensagem enviada a Franco Gabrielli, prefeito de L'Aquila, que foi o epicentro do tremor, o deputado manifestou o desejo de que "todo o país, instituições e sociedade civil, prossigam na função de defender com todos os meios a continuidade das obras de reconstrução das zonas atingidas e o retorno à normalidade".
O presidente do Senado italiano, Renato Schifani, também enviou um telegrama ao prefeito, ressaltando que "o susto daqueles dias [posteriores ao terremoto, ndr.] está intacto em nossa memória".
"Há um ano do terremoto que feriu o Abruzzo na terrível noite entre 5 e 6 de abril de 2009, desejo renovar a proximidade, a minha pessoal e a de todos os colegas senadores, à população atingida, junto com as profundas condolências para os que perderam a vida no sismo".
Desde ontem (5), expoentes políticos italianos relembram o trágico terremoto, que deixou cerca de 300 mortos, 1.600 feridos e 50 mil desabrigados.
Nesta madrugada, aproximadamente 25 mil pessoas se reuniram na praça do Duomo, em L'Aquila, e caminharam pela cidade carregando tochas, velas e luzes para relembrar as vítimas do tremor.
Durante a cerimônia, um abalo de 2,2 graus de magnitude foi sentido na província de L'Aquila - que abriga o município homônimo, com epicentro entre as cidades de Barete, Cagnano Amiterno, Capitignano e Pizzoli, a uma profundidade de 12 quilômetros.
Até o fim do dia, estão programados outros eventos para relembrar o sismo, como uma missa na igreja de Santa Maria, às 17h30 locais (12h30 no horário de Brasília), que contará com a presença do chefe da Defesa Civil italiana, Guido Bertolaso.
Também haverá uma convenção sobre a reconstrução do país, organizada em colaboração com a Embaixada alemã na Itália, e uma apresentação sobre o projeto para erguer a "Igreja da Ressurreição", dedicada às vítimas. (ANSA)
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