Em Milão, diariamente chegam ao pronto socorro quase 70 pessoas por causa de doenças associadas à poluição. E todos os dias, em média, 20 destas pessoas são hospitalizadas. O dado surge da pesquisa Poemi (Pollution and Emergency in Milan), um estudo financiado pelo Município de Milão e coordenado pelo hospital San Carlo Borromeo.
O projeto Poemi envolve outros quatro hospitais milaneses - Fatebenefratelli, Policlinico, Niguarda e San Paolo, e foi encomendado para "avaliar a relação entre os níveis diários de poluição e as entradas no hospital por distúrbios cardiorrespiratórios nos Departamentos de Emergência dos cinco principais hospitais de Milão", lê-se no estudo.
O projeto começou a monitorar as consultas no pronto socorro vinculadas à poluição em 1º de novembro de 2007 e depois de um ano já listava 25.305 consultas, das quais 12.976 por infecções nas vias respiratórias superiores, 2.631 por pneumonia, 2.289 por quadros de bronquite aguda, 2.268 por ataques cardíacos e 1.350 por ataques agudos de asma. A maioria dos pacientes estava na faixa entre 0 e 18 anos (13.315), ou com mais de 65 anos (6.596).
Sobre o total das 25 mil consultas, "17.300 receberam alta logo depois - cita o estudo - enquanto 7.620 foram internados", o que equivale a cerca de 30% do total.
Segundo os especialistas, uma análise estatística destes dados indica "uma alta correlação entre as consultas por doenças cardiovasculares ou respiratórias, em conjunto, e o nível dos poluentes no ar. Este vínculo é forte em todas as faixas etárias".
(ANSA)
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