A imprensa internacional direcionou os holofotes à mensagem Urbi et Orbi do papa Bento XVI durante a missa de Páscoa do domingo (4), na qual ele evitou abordar a questão dos padres pedófilos, que há semanas sacode o clero católico e a opinião pública.
Dos Estados Unidos à Espanha, da Inglaterra à França, entre outros países, se destaca que o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, em nome de "todo o povo de Deus", se estreitou em torno do Pontífice, que se esquivou do assunto.
Alguns meios de comunicação indicaram hoje em suas edições online que acusar a imprensa e forças "anticristãs" de atacar o Papa pelas acusações de pedofilia é um sinal de "fraqueza" do Vaticano e da Igreja Católica.
"A mensagem de Páscoa do Papa ignora o escândalo dos abusos sexuais", foi a manchete do jornal britânico The Times, observando que o Pontífice "não assumiu qualquer culpa sobre a crise dos padres pedófilos".
O The Guardian também, em um artigo intitulado "O Papa ignora os abusos sexuais contra as crianças", diz que enquanto "os bispos da Europa aproveitaram a Páscoa para se desculpar e reconhecer os danos causados pelos escândalos, o Papa permaneceu impenitente".
Já o norte-americano Washington Post, em um editorial de Timothy Shriver, se perguntou se "o Papa poderá restabelecer a pureza do catolicismo".
Também falaram sobre o silêncio de Bento XVI durante a Semana Santa, e o apoio manifestado a seu favor por diversos religiosos, o espanhol El País, o francês Le Figaro e a revista alemã Der Spiegel. (ANSA)
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