O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem, após a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premier italiano, Silvio Berlusconi, que o governo da Itália confia nas escolhas do Brasil.
Amorim respondeu assim a uma questão da ANSA sobre o ex-ativista italiano Cesare Battisti, que está preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde aguarda a decisão de Lula.
O caso de Battisti -- ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e que foi condenado à prisão perpétua na Itália -- é considerado um dos temas conflitantes entre os dois países.
No fim de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela extradição do italiano, como requere o seu país de origem. Contudo, os ministros do STF apontaram ainda que o parecer final ficaria a cargo do mandatário brasileiro, que ainda não se pronunciou.
Havia uma grande expectativa em relação à discussão, que poderia ou não entrar na pauta da reunião desta segunda -feira. Lula e Berlusconi se encontraram na tarde de ontem em Washington, horas antes da Cúpula sobre Segurança Nuclear, organizada pelo governo de Barack Obama, cujo início estava programado para as 19h15, no horário de Brasília.
Os líderes de Brasil e Itália também assistiram à assinatura de um acordo de associação estratégica, que prevê a cooperação na luta contra a pobreza, contra a mudança climática e pelo desarmamento, entre outros pontos.
Ainda nesta segunda-feira, o presidente brasileiro se reuniu com o primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, e com o premier turco, Recep Erdogan.
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