A polícia apreendeu empresas agrícolas por um valor de € 10 milhões em Rosarno, na região sul da Calábria, e prendeu 31 pessoas por exploração do trabalho de imigrantes sem documentos.
Entre os detidos, nove foram presos, 21 confinados em suas casas e um submetido a residência forçada. Eles são acusados de criar uma organização para explorar o trabalho de estrangeiros sem visto de permanência.
Estas pessoas trabalhavam entre 12 e 14 horas por dia por um salário inferior a € 20 diários, o que dava grandes lucros a seus exploradores, entre os quais estão alguns estrangeiros presos nesta segunda-feira (26).
Os explorados que se rebelavam eram ameaçados e sofriam represálias.
As investigações sobre os exploradores começaram em janeiro passado, após uma revolta de pessoas sem documentos de Rosarno, que reagiram a uma agressão sangrenta sofrida por dois deles.
A revolta deixou 53 feridos (21 imigrantes, 14 cidadãos italianos e 18 agentes policiais), centenas de carros destruídos, lixo espalhado pelas ruas e muitas casas danificadas.
Após a rebelião, 709 imigrantes foram levados para Centros de Acolhimento longe de Rosarno e outras centenas foram embora por seus próprios meios.
Giuseppe Creazzo, procurador de Palmi responsável pela revolta de Rosarno, disse que o inquérito que levou aos confiscos e prisões de hoje (26) só foi possível graças ao depoimento de 15 imigrantes vítimas das violências ocorridas em janeiro passado.
(ANSA)
Um comentário:
Escravidão ainda hoje... temeroso, preocupante. Mas a mão-de-obra barata também nos lembra escravidão. Um abç.
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