O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, afirmou, em entrevista à rede de televisão norte-americana CNN, que admira Bento XVI pela sua atuação contra a pedofilia.
O Papa "tomou iniciativas muito importantes" e "reagiu imediatamente", reafirmando o papel crucial da Igreja, opinou Frattini nesta terça-feira, ao ser questionado sobre os recentes casos de abusos contra menores que envolveriam membros da Igreja Católica.
Frattini também acrescentou que "a pedofilia é um dos crimes mais horríveis", mas considerou que o Pontífice "não foi lento", como apontam alguns veículos da imprensa.
Como exemplo, ele recordou o encontro recente entre Bento XVI e oito vítimas de abusos sexuais cometidos por religiosos, ocorrido no último fim de semana em Malta.
Antes deste, o Papa já manteve reuniões com grupos de vítimas de Estados Unidos e Austrália, durante visitas apostólicas a esses países. No Vaticano, ele também recebeu uma delegação de canadenses.
Ainda na entrevista, Frattini também foi questionado sobre a atuação do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, no âmbito internacional.
Para ele, "os meios de comunicação internacionais às vezes fazem confusão" com o caráter pessoal do premier. Ao mesmo tempo, o chanceler afirmou que "não é difícil representar a Itália".
Na política externa, Frattini disse seguir "a mesma linha do premier", recordando que "os eleitores do país conhecem Berlusconi melhor" do que a mídia internacional, já que o chefe de Governo cumpre atualmente o seu terceiro mandato.
Os italianos "decidem com base nos resultados do governo", que "são bons", continuou o ministro.
Sobre a presença de tropas italianas no Afeganistão, Frattini ratificou o "compromisso" para ajudar esse país "enquanto não forem derrotados o terrorismo e o Taliban".
Segundo ele, a opinião pública entende que os soldados também atuam para garantir "a segurança da Itália e da Europa". A Itália é um dos países que participam da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf, na sigla em inglês).
(ANSA)
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