Gigliola Martino, de 70 anos, é a primeira italiana que teve sua morte confirmada na capital do Haiti, Porto Príncipe, devastada na terça-feira por um terremoto de 7 graus na escala Richter.
A informação foi divulgada pelo jornal on-line La Gente d'Italia, dirigido pelo cônsul honorário do Haiti na Itália, Mimmo Porpiglia. O ministério das Relações Exteriores informou que tem relatos diretos da morte da italiana e que agora faz "verificações formais", para então confirmar a notícia.
Filha de italianos e nascida em Porto Príncipe, Martino era "muito conhecida na comunidade francesa e haitiana", informou a publicação.
"Uma italiana verdadeira que continuava a falar a língua de Dante [Alighieri] e que ainda fazia o macarrão em casa", relata o jornal do cônsul haitiano, acrescentando que Martino "morreu no único hospital da capital não atingido pelo tremor".
A italiana é uma "expoente de uma das duas famílias de italianos mais importantes da ilha caribenha: os Caprio e os Martino, que estão presentes no Haiti há mais de um século".
Hoje, o ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, anunciou que um navio de seu país poderá ir ao Haiti para auxiliar no socorro às vítimas do tremor de terra.
"Tenho em mente e proporei hoje ao presidente do Conselho de Ministros, Silvio Berlusconi] a possibilidade de enviar também uma embarcação que, em uma situação do gênero, será extremamente útil. Nós estamos prontos", assegurou o ministro.
La Russa exaltou também a eficácia do socorro italiano enviado ao país caribenho. "Fomos os primeiros a viajar com uma unidade hospitalar móvel e acredito que é possível e necessário fazer mais para estarmos próximos a quem neste momento está sofrendo", enfatizou.
A Itália já enviou dois aviões ao Haiti levando, além do hospital de campanha, mantimentos e uma equipe de apoio para fazer uma avaliação da situação logística e definir a melhor forma de ajuda a ser enviada nos próximos dias.
A ONU estima que 300 mil pessoas estejam desabrigadas na capital. O presidente do Haiti, René Preval, afirmou que entre 30 mil e 50 mil pessoas teriam morrido devido ao abalo sísmico.
(ANSA)
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