sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O Vinho Italiano
Costuma-se considerar que a viticultura italiana se iniciou na Sicilia com os colonizadores Egeus e Micênicos ( 2000 AC) e se difundiu na costa meridional da península. Sucessivamente por volta do ano 1000 AC a viticultura se ampliou para o centro e norte graças ao forte impulso dado pelos Etruscos.
A população itálica entretanto já cultivava a vinha e produzia vinho ainda que de maneira rudimentar. Não é por acaso que Enotria ( Oenotria Tellus ) é o antigo nome da península, que desde muito tempo era considerada "Terra do Vinho" Foram os Enotrios, povo que ocupava a parte meridional da Itália ( atuais Basilicata e Calabria ) que estabeleceram as bases da viticultura italiana.
Muitas das castas que se tornaram famosas na Itália foram importadas da Grécia. Na Sicília por exemplo foram introduzidas algumas variedades até hoje cultivadas como Malvasia, Greco e Agiânico.
Os romanos, talvez mais do que qualquer outro povo tiveram o mérito de difundir a viticultura e sobretudo de refinarem os métodos enológicos, a tal ponto que alguns de seus resultados não foram alcançados até os séculos XVII e XVIII.
Desta maneira com a expansão do império romano nasceram as regiões vinícolas do Reno, da Mosela e da Galia.
O legionário romano de fato tinha orientação durante as conquistas de implantar culturas e ensinar a população local a técnica da produção do vinho . Assim a viticultura se difundiu na França, Espanha, Alemanha e norte da África.
O desenvolvimento da viticultura nos séculos seguintes na idade média se deve em grande parte aos conventos que se tornaram centros produtores. A necessidade de se dispor do vinho para a santa missa contribuiu para a expansão da viticultura. Entre os mais famosos vinhos da Idade Média podemos citar os de Istria, os Ribolla, Terrano e Malvasia. Os vinhos Veroneses, a Vernazza de Brescia e os vinhos da Vatellina. Na Ligúria eram já conhecidos os vinhos das " Cinco Terras " e eram muito estimados os vinhos dos bolonheses, dos Modeneses e da Romagna. Na Toscana eram conhecidos os Trebbianos, os Malvasia, os Aleáticos, os Sangiovetos, a Vernaccia de San Gimignano e os vinhos de Montepulciano.
No século XIX, devido ao flagelo que atingiu os vinhedos europeus a viticultura italiana se viu privada de várias espécies autóctones e teve que utilizar a via do enxerto em cepas americanas seguida de radicais transformações nas técnicas de cultivo.
A partir do final da década de 60 a viticultura na itália passou por mudanças radicais, aumentando notavemente a qualidade dos vinhos produzidos. As principais mudanças foram a extinção dos vinhedos de cultivação promíscua, cultivados junto a outras culturas e a introduçaõ do controle de temperatura no processo de fermentação que abriu novos horizontes para a qualidade do vinho italiano. A modernização da viticultura e do processos de produção trouxe melhorias significativas, partindo da Toscana , e difundida primeiramente no Friulli e no Piemonte e depois para toda a Itália.
Com uma produção de mais de 54 milhões de hectolitros, a Itáia detém cerca de 18% da produção mundial de vinho e cerca de um terço da produção européia.
A Itália exporta anualmente cerca de 13 milhões de hectolitros e é o segundo maior exportador mundial, sendo que a França com exportações de 15 milhões de hectolitros ocupa a primeira posição.
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