Os trabalhadores do Centro Médico Pediátrico de Itabuna, que estão com os salários atrasados há três meses organizaram uma caminhada pela Avenida do Cinquentenário, exigindo mais verbas para instituição que está atendendo apenas casos de urgência e emergência e na iminência de fechamento.
A manifestação contou com a participação da CTB, Lyons Club e de políticos da cidade que fizeram coro exigindo providencias por parte dos Vereadores, Deputados, Prefeito e Secretário de Saúde do estado no sentido de buscar uma solução que garanta a permanência do funcionamento do CEMEPI.
Segundo os administradores da clínica são atendidas cerca de 5 mil crianças, sendo que 98% dos atendimentos são pelo SUS e recebem apenas 55 mil reais por remuneração. A primeira vista a chave do problema está na baixa remuneração da tabela SUS que é um deficiência estrutural. Contudo, cabe um estudo mais profundo da situação, uma vez que o Centro Médico está em funcionamento há 43 anos. Segundo o Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna Jorge Barbosa; “Urge a necessidade de uma reestruturação profunda na saúde em nosso país, não são novas as denúncias de falta de verbas, corrupção e desmandos na gestão do Sistema Único de Saúde. Em nossa cidade a saúde está em crise há um bom tempo, tanto é que o município perdeu a gestão da média e alta complexidade desde 2007, por falta de pagamento aos fornecedores, até a baixa complexidade funciona mal e agora correm o risco de fechar o CEMEPI e a Maternidade Ester Gomes”.
É preciso exigir a manutenção e ampliação das atuais instituições de saúde, mas ao mesmo tempo devemos ser austeros no trato com o dinheiro público, cobrando transparência e zelo dos administradores. Por outro lado não é com a terceirização da administração clínica e hospitalar que resolveremos os graves problemas da saúde em Itabuna na Bahia e no Brasil.
Uma mulher que foi a uma agência dos correios na Itália com o rosto coberto por um véu foi parada pela polícia e terá de pagar uma multa, informou a agência de notícias AFP.
É a primeira vez que a medida é adotada desde a aprovação, na cidade, de uma lei proibindo o uso, em público, de roupas que impeçam a identificação imediata da pessoa.
Um policial disse à AFP que a mulher terá de pagar 500 euros, ou o equivalente a R$ 1.144,00.
A cidade é administrada pelo partido anti-imigração Liga do Norte, que pertence à coalizão do governo nacional do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Integração
O prefeito de Novara, Massimo Giordano, disse que a lei tem o objetivo de impedir que mulheres se cubram com o véu em público.
"Infelizmente, parece não estar claro para todo mundo que roupas que impedem a identificação da pessoa podem ser toleradas em casa, mas não em lugares públicos, como escolas, ônibus ou correios", disse o prefeito à agência de notícias italiana Ansa.
"Ainda há pessoas que se recusam a entender que nossa comunidade em Novara não aceita e não quer pessoas andando por aí vestindo a burca".
Giordano disse que a lei é "o único instrumento à nossa disposição para impedir um comportamento que torna o processo de integração, já difícil, ainda mais duro".
A mulher, que segundo relatos seria tunisiana, teria ido ao correio na companhia do marido quando foi parada pela polícia.
Quando o marido se recusou a permitir que ela fosse identificada por policiais homens, uma policial feminina foi chamada - disse a AFP.
Normas Rigorosas
Desde 1975, leis anti-terrorismo na Itália proíbem máscaras ou roupas que impossibilitem a identificação de uma pessoa.
Entretanto, a lei permite exceções por "causa justificada", o que, para algns tribunais, incluiria razões religiosas para o uso do véu, informou a Ansa.
Várias autoridades locais introduziram leis mais rígidas.
Por exemplo, uma proposta da Liga do Norte que está sendo apresentada ao Parlamento italiano neste momento sugere especificamente que véus islâmicos que cobrem a face - como a burca, que cobre todo o rosto, e o niqab, que deixa apenas os olhos descobertos - sejam declarados ilegais.
Medidas semelhantes estão sendo adotadas em outros países europeus.
A Câmara Baixa do Parlamento da Bélgica aprovou, na semana passada, uma lei que proíbe do uso do véu islâmico que cobre o rosto em locais públicos.
A lei ainda precisa ser ratificada pelo Senado, mas, caso entre em vigor, a Bélgica pode se tornar o primeiro país da União Europeia a considerar crime o uso desse tipo de vestimenta.
O governo francês está propondo legislação semelhante e, no fim de semana, um membro alemão do Parlamento Europeu disse que uma proibição deveria ser decretada em toda a Comunidade Européia.
Fonte: BBC Brasil