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By Ferramentas Blog

domingo, 10 de janeiro de 2010

Mais de Mil imigrantes são transferidos após confronto

O departamento central da Polícia da Calábria, sul da Itália, informou hoje que 1.128 estrangeiros foram retirados ou deixaram a região de Rosarno, onde desde quinta-feira ocorreram confrontos entre habitantes locais, imigrantes e policiais.

"Com estas transferências, praticamente se esvaziaram as duas ex-fábricas usadas pelos imigrantes para dormir", diz uma nota da polícia.
O texto garante, porém, que a vigilância será mantida. "O serviço de controle do território seguirá reforçado em toda a zona", afirma o comunicado.

Na sexta-feira, em meio às hostilidades entre imigrantes e moradores da pequena cidade de Rosarno, onde vivem cerca de 15 mil pessoas, o governo italiano enviou ao local uma força-tarefa.
Os confrontos tiveram início depois que dois africanos foram atingidos por tiros disparados com uma arma de ar comprimido. A reação da comunidade estrangeira foi violenta. Carros, vitrines de lojas e cestos de lixo foram depredados.

A população local reagiu ao clima de hostilidade e a polícia teve de intervir. Há 67 feridos, na maioria estrangeiros. Alguns foram agredidos com barras de metal e ao menos seis tiveram de ser hospitalizados.

Centenas de africanos trabalham temporariamente nos arredores de Rosarno na colheita das lavouras, submetidos a longas jornadas de trabalho e baixos salários. Grande parte vivia em galpões abandonados.

Das 1.128 pessoas que deixaram Rosarno, 428 foram levadas ao centro de acolhida de Crotone, a 170 quilômetros de distância. Outros 400 acabaram transferidos para Bari e 300 decidiram deixar a região por contra própria.

Posteriormente, os bombeiros começaram a demolir as instalações de um depósito de alimentos abandonado que era usado por parte dos imigrantes como dormitório. Foram deixados no local roupas, utensílios de cozinha, bicicletas e objetos pessoais.

O ministro do Interior, Roberto Maroni, responsável pelas políticas voltadas à luta contra a imigração ilegal, anunciou que todos os imigrantes de Rosarno que não tiverem as documentações exigidas para permanecer no país serão expulsos.

"Há responsabilidades difusas que não vamos tolerar mais, e os imigrantes de Rosarno que as forças policiais transferiram aos centros de Crotone e Bari, se forem clandestinos, serão expulsos", disse ele. "A lei se aplica e não se pode fazer outra coisa."

No ano passado, o atual governo, de Silvio Berlusconi, conseguiu a aprovação de leis que tornaram crime a permanência irregular de cidadãos estrangeiros na Itália. Além disso, navios interceptados que estejam transportando imigrantes ilegais são impedidos de chegar ao país e enviados à Líbia, que assinou um tratado com este fim.

Maroni destacou os bons resultados desta política. Segundo ele, em dois anos foram repatriados 40 mil estrangeiros que viviam na Itália de maneira irregular. "É um resultado excepcional", disse o ministro.
"Nosso combate à imigração clandestina se divide em duas ações. De um lado, a expulsão dos clandestinos. De outro, trata-se de impedir que cheguem", explicou.
A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Itália, Laura Boldrini, ressaltou por sua vez que boa parte dos imigrantes tirados de Rosarno está em condição regular.

"Não estamos diante de um grupo de irregulares apenas", afirmou. Boldrini também chamou a atenção para o fato de que muitos trabalhadores tiveram de abandonar a região sem receber pagamento pelos serviços prestados.

(ANSA)

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