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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CURSOS DE ITALIANO AGORA NO IED

IED e a Accademia de Língua Italiana Assisi


O IED (Istituto Europeo Di Design), uma faculdade européia com tradição e excelência em seus cursos, agora possui parceria com a Accademia Italiana de Assisi (ALIA), considerada uma das melhores do mundo.

A ALIA ministrará curso de extensão na língua Italiana no IED. Curso este, que possue um método moderno e de fácil aprendizado, com a utilização de um dos melhores textos publicados até agora.

Com duração de 40 horas, o aluno recebe uma dupla certificação; um certificado de extensão, que atende a legislação brasileira em vigor e outro pela Accademia Língua Italiana Assisi, mediante a um exame específico.

Além disso, o estudante que se interessar poderá cursar módulos internacionais optativos e independentes nas áreas de Gastronomia, Ciências Jurídicas, Design, Moda, Arquitetura e Engenharia.

As aulas terão inicio em outubro com turmas de nível básico ao avançado.

As Inscrições serão realizadas no próprio Campus IED de São Paulo. Endereço: Rua Maranhão, 617 – Higienópolis

Mais informações pelo telefone: 3660-8000 ou acesse o site ied.edu.

Racismo não é opinião, é reato.

Concordo que a vida na Italia não está fácil para estrangeiros, tendo ou não a cidadania. Certo que mesmo cidadãos continuamos a ser estrangeiros assim como no Brasil consideramos os de qualquer nacionalidade, mesmo tendo cidadania brasileira, estrangeiros. Até aí nada de diferente.

Mas concordo também que está dificil para os italianos natos aqui. Tenho visto muitos italianos vivendo uma insegurança brutal pois somente encontram empregos a tempo determinado, não sabendo se no proximo semestre/ano poderão ter dinheiro para alimentar e educar os filhos, mas vejo também estrangeiros muito bem preparadas encontrarem emprego, e terem oportunidades, mesmo não sendo italianos nascidas na Italia ou sendo estrangeiros extracomunitários.

Eu temos amigos italianos, que me acolheram tão bem como os brasileiros acolhem estrangeiros. Mas tudo é uma questão de perspectiva pessoal. Nunca fui discriminada até antes de ontem e me considero sortuda por isso.

Moro aqui há tres anos e sempre fui tratada muitissimo bem. A proprietaria do apartamento me traz verduras, frutas, ovos cultivados no seu quintal. A minha amiga também, outra amiga idem. Quando precisei de ajuda tive vários braços e mãos para me acolher, quando fui comprar um carro me ofereceram para me emprestarem dinheiro (que felizmente não precisei), e tive tantas demonstrações de amizade e carinho, que me comoveram muitas vezes. E teria muito mais a dizer da gentileza e consideração que eu e minhas filhas temos tido por parte de tantos italianos que são hoje amigos. E se não tenho mais amigos italianos é porque eu não tenho estado disponível para isso.

Mas na terça-feira, 29 de setembro, em torno do meio dia, passeando com a milha filha e as cachorras, (nunca deixo o cocô de nenhuma na rua, nem no Brasil e nem aqui), senti na pele pela primeira vez o que é ser estrangeira na Italia. O que vou contar não generalizo, creio que haja mesmo um sentimento fascista que ainda mobiliza algumas pessoas, mas no geral a minha experiência tem sido positiva.

Pois estava eu andando no centro histórico e a cachorra que eu estava conduzindo parou para um básico xixi. Se fosse algo mais sólido eu recolheria como sempre faço, mas um liquido escorrendo nas pedras da rua fica difícil. É aí que a situação ficou complicada. Um senhor baixo e calvo, de olhos azuis, não belos quanto os do meu avô e nem da minha irmã e nem do meu sobrinho e nem da minha filha, avançou esbravejando que não podiamos, (pois a minha fiha estava com a outra cachorra) , passear na frente do seu estabelecimento. Esse estabelecimento fica no numero 25 da Piazza Degli Scachi in Marostica.

Argumentamos que o passeio era publico, o referido individuo virou-se para mim e disse”vá levar o seu cão para fazer as necessidades no seu país”. Dizendo, esse país é tão meu como seu, e eu sou tão italiana como vc, com os meus dedos peguei o braço do %$¨&***-, que dizia que iria chamar o vigile, e eu? Pois chame o vigile. Estou aqui. Quando se deu conta que eramos italianas, o cara se trancou dentro da loja, e eu fora esperando ele chamar o vigile.. Mas não o fez.

Como além de fascista o individuo é covarde fui eu mesmo ao vigile que naquela hora – era quase 13 hs - estava fechado.mesmo assim toquei a campainha e veio o vigile e depois de eu explicar, entre prantos o que tinha acontecido, quando a adrenalina volta ao normal fico meio anestesiada e vulnerável. Meu italiano dá pro básico, mas quando fico nervosa não consigo nem falar em portugues e muito menos em italiano. Mas ele foi compreensivo e disse q eu tinha q ir ao Carabinieri. Pois fui ao Carabinieri que como vcs imaginam estava fechado. Volte às 16:30 me disseram.

Bom, depois de tomar calmante e ficar arrasada, não fui ,e nem hoje. Realmente fiquei acabada. Mas vou levar isso pra frente, vou ao carabiniere fazer a queixa e depois vou ao juiz. Esse %$¨&***- nunca mais vai fazer o que fez comigo com nenhum estrangeiro, tendo ou não a cidadania italiana.Sendo branco, preto ou azul.

O artigo 3º da Constituição Italiana diz “Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei......E por cidadãos se entendem também aqueles estrangeiros que se encontram no nosso Pais”

Portanto, o razzismo não é uma opinião , é um reato.

Segundo a lei 654 de 1975 quem difunde de qualquer modo ideia fundada sobre superioridade ou ódio racial ou etnico, incita a cometer ou comete ato de discriminação por motivos raciais, etnicos, nnacionais ou religiosos,é punido com a reclusão até tres anos.

Enquanto sofrermos calados atos como esse, seja no Brasil, na Italia, na Conchinchina e ficarmos quietos, outros continuarão a sofrer a mesma coisa. O medo é o combustivel para esse tipo de atitude. Eu não vou ficar calada. Tem alguem que sofreu constrangimento desse tipo e ficou calada por medo?

Resgate das Origens

Cidade italiana proíbe saia curta e roupa decotada

O governo da cidade italiana de Castellammare di Stabia aprovou na noite de segunda-feira (25) um conjunto de novas normas policiais que prevê multa para uso de roupa "indecente", entre outros comportamentos considerados ofensivos "à decência e à moral", de acordo com a imprensa italiana.

A nova lei, proposta pelo governo conservador do prefeito Luigi Bobbio, foi aprovada no Conselho Municipal por 17 votos a favor e 9 contra. A medida causou polêmica na pequena cidade, que é localizada próximo a Nápoles, na região central do país, e é banhada pelo mar Mediterrâneo.

As 41 normas do regulamento policial indicam que é crime jogar bola na rua, xingar ou proferir frases ofensivas em lugares públicos, permanecer em local público com torso nu, tomar sol com trajes de banho nas praças e parques ou sair às ruas com saias curtas ou decotes exagerados, entre outros crimes. As multas vão de 25 a 500 euros (cerca de R$ 60 a R$ 1.200).

A lei colocou a cidade em destaque em vários portais de notícia nos últimos dias, entre os quais o site da rede britânica BBC, o que motivou um dos comentários do prefeito.

"É bom e me orgulho de que, desde que sou prefeito, a cidade deixou de aparecer nos jornais com casos de crime, como o assassinato de um conselheiro há dois anos e os casos de infiltração da [máfia] Camorra. O fato de que Castellammare esteja no site da BBC por causa da minha proposta de vetar as roupas extremamente curtas é uma coisa normal. Estamos indo na direção certa", comentou Bobbio.

*Com informações de "Il Gazzettino Vesuvio", "Il Mattino" e "La Repubblica"